Porque parece que a guerra ao piolho é coisa para durar o ano inteiro, o pediatra Mário Cordeiro dá uma ajuda e esclarece algumas dúvidas, num artigo publicado na revista Pais&Filhos. "Quase que apostava que, cinco minutos após ter lido este título, a maioria dos leitores já estar a sentir comichões na cabeça. Fala-se no assunto e pronto. É como quando alguém nos conta que foi operado aos olhos... começamos logo com as lágrimas a cair, e não é da emoção. Embora os portugueses tenham no seu vocabulário termos que incluam estes “animaizinhos”, alguns deles exprimindo o mais completo carinho (“seu piolho encardido”, dizem aos filhos, num acto de ternura), outros ditos com uma boa dose de desprezo (“que tipo mais piolhoso!”), o tema “piolhos” ainda pertence ao domínio dos tabus. Um estudo que efectuámos na Faculdade de Ciências Médicas, em 2011, confirmou o desconhecimento da população inquirida. A situação é tanto mais estranha quando se sabe que a larga maioria das crianças já teve (ou tem!) piolhos em algum momento da sua vida... e quando se sabe que esconder o assunto e não lidar com ele (ou com “eles”, piolhos) de caras, ‚ contribuir para que a situação se eternize... e enfernize. Por outro lado, o aumento mundial que recentemente se observou na infestação por piolhos acompanhou-se de alterações no que se refere à sua distribuição. Assim, não é só nos bairros mais carenciados e nas crianças mais pobres que os piolhos aparecem; pelo contrário, as classes médias das zonas urbanas e os colégios particulares são alvo frequente dos ataques das “hordas piolhais”. (Faço aqui uma pausa para que os leitores possam coçar a cabeça, porque tenho a certeza que, assim como eu estou, também estarão cheios de vontade de o fazer). O que são os piolhos Os piolhos da cabeça, ou pediculus capitis, são insectos chupadores de sangue que parasitam o couro cabeludo dos seres humanos. Reproduzem-se através de ovos e multiplicam-se rapidamente. Passam de pessoa para pessoa ou, se quiserem, de cabelo para cabelo, por contacto directo. Os cabelos limpos e/ou curtos não constituem uma defesa contra os piolhos, muito pelo contrário. É bom os pais terem este facto presente. Os piolhos transmitem-se através do contacto (daí serem mais comuns em crianças de idades mais baixas e que frequentam jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo), mas não têm asas nem saltam. Transmitem-se também pelos pentes e escovas ou chapéus. Quais os problemas que os piolhos podem causar ... que é como quem diz, porque é que se deve tentar acabar com os ditos? Pensemos um pouco nesta questão. Para além de nos parecer uma porcaria e parecer mal aos vizinhos e amigos, que outras razões levam a que se insista na “desparasitação”? Se calhar muitos de vós não sabem que os malfadados piolhos, para além dos problemas estéticos e de todos os preconceitos associados a quem os tem, podem realmente CAUSAR DOENÇA. Essa é que é a questão fundamental. O piolho como causa de insucesso educativo? A acção dos piolhos é tão nefasta que podem inclusivamente causar insucesso escolar... E esta? Confessem que é uma novidade... Vejamos então como... mas antes deixem-me que vos fale de dois termos que a língua inglesa tem: “lousy” e “nits”. Quando alguém diz “I feel lousy”, quer dizer que se sente mal, sem forças, sem vontade de trabalhar ou estudar. Quando se diz de uma criança “he is nits” está-se a querer dizer que ela ‚ atrasada, pouco atenta nas aulas. E “lousy” quer dizer “piolhoso”... e “nits” quer dizer “lêndea”... e o mais engraçado ‚ que estas duas palavras exprimem bem a problemática do piolho. (O assunto está a tornar-se engraçado, não está? Nunca pensaram que o tema “piolhos” pudesse transformar-se num assunto quase policial... mas esperem para ver...) A vida dos piolhos é interessantíssima, sobretudo para eles. Quando um piolho encontra uma cabeça de que gosta – e, repito, não tem de ser uma cabeça mal lavada -, instala-se junto ao couro cabeludo e faz aí a sua morada. Como é um chupador de sangue, começa por morder a pele do escalpe e depois de morder e de chupar um pouco de sangue, defeca. Cada piolho alimenta-se cerca de cinco vezes por dia e no conjunto dessas refeições pode dar até 200 mordidelas. Isso mesmo. A mordidela, em si, não causa dor mas como o piolho deita saliva quando morde, e essa saliva tem substâncias alergizantes, as pequenas feridas inflamam e a criança tem comichão (daí estar sempre a coçar-se). Entretanto, cada vez que se alimenta o piolho defeca. Ao coçar-se o próprio indivíduo faz com que as fezes do piolho entrem nas feridas, o que aumenta ainda mais a irritação da pele. As fezes que caem para a face e para os olhos podem causar dermatite (especialmente atrás das orelhas), conjuntivite e sintomas alérgicos oculares que, muitas vezes, não são logo relacionados com a parasitose porque os sintomas típicos podem não ser evidentes... e como as pessoas escondem o facto, não se sabe muitas vezes que na escola ou na creche há outras crianças infestadas. Aos sete dias de vida os piolhos começam a ter relações sexuais e põem ovos. Os ovos ligam-se às raízes do cabelo e a inflamação da pele aumenta. A pessoa coça-se mais. A determinada altura as fezes do piolho podem entrar na circulação sanguínea, causando uma doença generalizada, que se caracteriza por mal-estar e sensação de fraqueza. Por outro lado, e para além do mal-estar, como a criança passa a noite a coçar-se, dorme mal e vai para as aulas semi-adormecida. Quando a situação se mantém (e não se esqueçam que as crianças já estão infestadas, em média, há quatro meses antes de se dar por isso – é mesmo: 4 meses!), o rendimento escolar baixa. Daí a relação causa-efeito entre a infestação por piolhos e o insucesso escolar. Como descobrir estes desagradáveis insectos É difícil detectar um piolho vivo, porque estes insectos são ágeis e movem-se rapidamente. Se se extrair rapidamente um cabelo há por vezes a hipótese de os ver. O diagnóstico faz-se geralmente através da existência de lêndeas que são, nem mais nem menos, as cascas dos ovos dos piolhos - de cor branco nacarado, brilhante, agarradas aos cabelos. Os ovos são postos ao nível do couro cabeludo e quando a infestação é detectada já dura há muitas semanas. Os ovos, quando ainda têm o piolho lá dentro, são negros. Se, ao investigar-se a cabeça da criança, não se descobrirem piolhos vivos e as lêndeas estiverem a mais de 1 cm de distância do couro cabeludo, é sinal de que a criança já não está infestada. Os medicamentos que matam os piolhos matam geralmente também os ovos que contêm ainda animais, pelo que são extremamente eficazes. É fácil determinar há quanto tempo os piolhos estão no hospedeiro. Como o cabelo cresce uma média de 1 cm por mês, e como as lêndeas não se movem, a altura a que elas estão da raiz do cabelo (ou seja, o número de centímetros), indica o número de meses. Os dados apontam para que, num determinado momento, um terço das crianças portuguesas tenham piolhos. Algumas situações podem simular lêndeas. A mais frequente é devida ao facto de o couro cabeludo de algumas crianças produzir em grande quantidade aglomerados de queratina que se agarram ao cabelo e são de cor branca. Distinguem-se das lêndeas porque circundam o fio de cabelo em vez de estarem agarrados só de um lado, como o que acontece no caso das lêndeas, para além de saírem com maior facilidade. Como prevenir a “piolhite” Em primeiro lugar é essencial não ter medo de falar do assunto nem considerar que ter piolhos é sinal de “porcaria”. O maior amigo dos piolhos é o silêncio que se faz à sua roda. A melhor maneira de dar cabo deles é falar neles, é saber e admitir que existem e que infestam as crianças portuguesas de todas as classes sociais. Em segundo lugar, a higiene (lavar a cabeça), mas sobretudo o pentear. O uso regular do pente, sobretudo se for um pente de metal e o intervalo entre os dentes do pente forem apertados, permite “partir” as pernas dos piolhos, fazendo com que estes percam o equilíbrio e caiam do cabelo, impedindo-os de se multiplicarem. Assim, mesmo que a criança apanhe dois ou três piolhos eles não durarão os tais sete dias que precisam até se poderem reproduzir. Pais: penteiem os vossos filhos todos os dias. Jovens: penteiem a “trunfa”. Quanto mais não seja para não terem piolhos! Em terceiro lugar, quando se confirma a infestação, deve lavar-se a cabeça com uma das muitas loções que existem e que não só matam os piolhos já existentes como previnem um pouco em relação a novas infestações. De qualquer modo, não convém abusar destes produtos porque a maioria deles é irritante para a pele que, de si, já está inflamada em resultado das mordeduras dos piolhos e da acção da sua saliva e fezes nas feridas. Convém também chamar a atenção para o perigo de usar certos produtos tóxicos - como pesticidas e produtos para insectos - na cabeça das crianças. Não é o primeiro nem o segundo caso de crianças com intoxicações graves em consequência do uso desses produtos, especialmente em meio rural. Os piolhos “desmoralizam” mas não matam. Um “tratamento” errado pode matar ! Finalmente, a questão de proibir ou não a entrada na escola. Cada estabelecimento de ensino tem as suas regras, mas convém relembrar que, quando se descobre a infestação, já a criança tem piolhos há muitas semanas. Mais importante do que ser rigoroso nesse aspecto é ensinar às crianças hábitos de higiene e de pentear-se todos os dias, verificar as cabeças das crianças regularmente e falar no assunto para que os pais aceitem a situação e façam o tratamento correctamente. Muitos pais escondem o assunto por vergonha mas também porque têm medo das evicções escolares. Estão a ver? Afinal o tema “piolhos” deu pano para mangas. Se o discutirmos abertamente, sem timidez e sem medo dessas horríveis criaturas, faremos cair um tabu e, mais importante, contribuiremos para controlar uma “praga” que incomoda as crianças portuguesas. Retomando um slogan dos anos 70, “Guerra ao piolho e a quem, através do silêncio, o apoiar!”.
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Para saber a quantas andam os mais pequenos, aqui estão os horários das Atividades Extra-Curriculares (AEC), por turma, de abril até ao fim do ano letivo.
A Escola EB1 e JI de S. Pedro do Estoril terá nas férias da Páscoa a funcionar na escola, o período CAF/AAAF, entre dia 23 de Março a 6 de Abril de 2015, das 08h00 às 18h30. Com este novo aroma a chegar, a Primavera, a proposta desta CAF de Páscoa incide sobre atividades de cariz criativo, lúdico e de partilha. Privilegiando o contato com a comunidade, afinal a Páscoa é uma celebridade que une famílias, assim nada melhor que conhecer a comunidade em que estamos inseridos através de diferentes descobertas. Primavera Dia 23 Elaboração de um ‘Diário Gráfico’ Elaboração de flores para o Canteiro Conteúdos: Explicação da composição de um caderno para suporte ao ‘Diário Gráfico’. Criar e brincar em conjunto, com recurso a diversos da Escola materiais para a decoração primaveril do canteiro da escola de acesso à Ludobiblioteca. Dia 24 Vamos pintar Borboletas E se fossemos... ( jogo dramático) Conteúdos: Explorar e experimentar com recurso a esponjas uma técnica de expressão plástica. Recrear experiências da vida quotidiana, atribuindo-lhes significados. Dia 25 Passeio ao Jardim Zoológico Conteúdos: Reconhecimento do território, na relação Escola-comunidade. Diário Gráfico (desenho à vista, durante a visita). Dia 26 Empressão pelo Movimento Composição do Canteiro de flores Conteúdos: Coordenação, movimento e sinergia. Entreajuda, partilha e noções espaciais na composição e colocação das flores. Diário Gráfico (parte II) Dia 27 Interludobibliotecas Gincana Conteúdos: Dinamização do livro “Ovos Misteriosos”, de Luísa Ducla Soares, dinamizado pela Ludobiblioteca Areia-Guincho Cooperação e espírito de equipa, em jogo colectivo Páscoa Dia 30 Construção de ovos da páscoa Visita à praia Conteúdos: A imaginação, a coordenação e a precisão na elaboração de Ovos da Páscoa (modelação e escultura). Reconhecimento do território, na relação Escola-Comunidade, construções com areia. Dia 31 Pintura com Mil Mãos Jogos Tradicionais no Exterior Conteúdos: Elaboração de um Placard de grupo. Diversão e motricidade para o desenvolvimento e entendimento da expressão artística – Do abstracto ao figurativo. Cooperação e espírito de equipa em atividades de exterior: Jogo do Lencinho, Macaca, entre outros... Dia 1 Visita ao Mercado de Cascais Conteúdos: Reconhecimento do território, na relação Escola-Comunidade. Diário Gráfico (Parte III). Dia 2 Caça à surpresa no parque Pintar com o Mata-Moscas Conteúdos: Explorar o jogo através da descoberta e a aventura Experimentar a técnica de pintura do modelo high scope. Dia 3 Experiências sensoriais... Descoberta e Adivinhas Conteúdos: Na descoberta de diferentes texturas, cheiros, sons e paladares. Reconhecimento do eu e do outro, através do tato, do olfato, da visão, do paladar e da audição. Hora Rotinas diárias 08h00-10h00 - Acolhimento, histórias e leitura 10h00-10h30 - Lanche 10h30-12h00 - Atelier/Oficina 12h00-14h30 - Almoço e brincadeira livre 14h30-16h00 - Dinâmica/Atividade 16h00-16h30 - Lanche 16h30-18h30 - Brincadeira livre O saber não ocupa lugar e muito menos quando se trata de informação que pode salvar vidas. Amanhã, a Ludobiblioteca de S. Pedro do Estoril convida as famílias a estar em comunidade e com as crianças e refletir sobre as manobras de primeiros socorros. Esse saber ser e estar é valorizado na atividade proposta, que tem como obejtivo sensibilizar e alertar para as manobras de auxílio, atitudes e comportamentos que podem salvar vidas. Não se esqueça: sábado, 14 de março, das 15h00 às 17h00. Programas de televisão, correspondência e desenhos inéditos enviados por autores, livros, páginas de imprensa e revistas onde Vasco Granja colaborou e cartas à família enviadas da cadeia de Caxias, de quando esteve preso pela polícia do regime (PIDE) por conta da ação cineclubista, mostram parte do espólio do “senhor dos desenhos animados”, no Centro Cultural de Cascais. Vasco Granja é considerado o grande divulgador do desenho animado e do cinema de animação em Portugal, contribuindo, assim, para dignificar estes géneros artísticos. Os programas que apresentava na RTP1 pertencem ao imaginário de gerações de portugueses que, nas décadas de 70 e 80, assistiram a 16 anos de emissões ininterruptas.
“Não se trata, pois, de uma mostra acentuada apenas pelo cunho artístico, mas, sobretudo, manifesta nos sinais e emoções de quem privou intimamente com Vasco Granja e usufruiu das suas paixões e experiências significativas. As quais sagraram uma intervenção ampla e pioneira na divulgação em Portugal dos quadradinhos e da animação, com uma autêntica motivação e sensibilidade” afirma José de Matos-Cruz curador da exposição e amigo de Vasco Granja. O espólio apresentado nesta exposição foi também selecionado pela filha Maria Inácia Granja e pelas netas Cecília Granja, Liliana Granja Morais e Adriana Granja Morais que referem que “com o seu programa na RTP, Vasco Granja contribuiu para uma mudança de mentalidades e um novo olhar sobre o cinema de animação e a banda desenhada”. Até 19 de abril, esta é uma homenagem ao homem por detrás do comunicador e pedagogo que afirmava que a arte é “uma manifestação do Homem para se conhecer melhor”. Novo programa de Português para o ensino básico: uma necessidade ou uma irresponsabilidade?10/3/2015 A crónica de João Costa, Docente catedrático do Departamento de Linguística da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (FCSH/NOVA), no jornal Público.
"O Despacho 2109/2015 do ministro Nuno Crato, publicado em fevereiro, determina que se procederá, com a maior brevidade possível, à elaboração de uma nova proposta de Programa de Português para o Ensino Básico. Este despacho e esta determinação são um ato de irresponsabilidade política e uma vontade flagrante de deitar dinheiro à rua, no fim de um mandato em que, em nome das poupanças, se cometeram erros gravíssimos no ensino público. Está em vigor o Programa de Português do Ensino Básico, que foi homologado em 2009, tendo entrado plenamente em funcionamento apenas em 2011, quando todos os anos de escolaridade foram abrangidos pelo programa. Tive a oportunidade de acompanhar o que antecedeu a elaboração desse programa, o que foi a sua elaboração e o que se lhe seguiu. Vale a pena recuperar algumas etapas: – Para a preparação do programa foram feitos estudos de eficácia do programa anterior, com avaliação dos resultados dos alunos em provas de aferição e exames nacionais, foram promovidos estudos de comparabilidade entre os programas de língua materna em vigor nos países da OCDE, foram estabelecidas correlações entre programas de língua materna e resultados em testes estandardizados de literacia, foram conduzidos inquéritos aos docentes e formadores de docentes sobre o trabalho feito com os programas, foi feito um estudo comparado sobre os vários normativos em vigor. Todos estes estudos foram apresentados e discutidos publicamente. – Para a elaboração do programa foram apresentadas várias versões, que foram discutidas publicamente, em seminários alargados, com uma gestão exemplar de diferentes interesses e sensibilidades científicas e com uma articulação equilibrada entre o desenvolvimento de diferentes competências. – A implementação do programa desenvolveu-se através de uma formação que envolveu cerca de 8000 professores, a quem foi concedido tempo, no período não letivo, para se reunirem e estudar. Foram produzidos guiões com exemplos de materiais didáticos, foram criadas plataformas para esclarecimento de dúvidas e locais para partilha de materiais didáticos entre professores. – A par da criação destes programas foram desenvolvidas metas de aprendizagem, que, em articulação com o programa, determinavam desempenhos esperados com o desenvolvimento do programa em vigor. Entretanto, mudou o Governo e soubemos que o Ministério da Educação seria implodido. Fui contactado para integrar uma equipa que elaboraria novas Metas Curriculares para o Português. Disse que não o faria, porque me custava que o Estado gastasse tempo e dinheiro a fazer o que já está feito e a substituir o que não chegou sequer a ser avaliado. O resultado é o que se conhece. As metas aprovadas, na área da Gramática, constituem um retrocesso lamentável a um delírio classificatório e, em outros domínios, cometem erros como a confusão entre testes psicolinguísticos e metas de aprendizagem, que obrigam os professores de 1.º ciclo a contar, de cronómetro na mão, quantas palavras e pseudopalavras os seus alunos leem por minuto. Mas a sede destrutiva é imparável. Foi preciso revogar o currículo nacional, porque continha palavras proibidas. Hoje, nos corredores do Ministério da Educação é proibido falar em “competências”. O neo-eduquês elegeu o termo “capacidades” e muitos são os documentos em que se deve ter usado a ferramenta “search and replace” do Word para fazer esta substituição. Por isto mesmo, é preciso fazer à pressa um novo Programa de Português, substituindo um documento que está em fase de apropriação pelos docentes, que foi submetido a um processo sério de escrutínio, por um documento cujo objetivo principal é estar em vigor ainda em 2015, para que, quando mudar o Governo, se possa garantir que já não há nada a fazer. Dir-se-á e bem que é preciso rever o ensino do Português, porque os resultados são muito preocupantes. Pois é. Tenho protagonizado esse mesmo discurso. O que é lamentável é que, mais uma vez, Nuno Crato queira reescrever algo para voltar a um lugar de onde nunca se saiu, privilegiando o pior da tradição." As inscrições para os exames nacionais do ensino secundário começam esta segunda-feira e decorrem até dia 20 deste mês, de acordo com um despacho de regulamentação das provas e exames deste ano lectivo, publicado no Diário da República.
O prazo de inscrições no ensino secundário é válido para todos os alunos que queiram realizar exames nacionais, sejam internos ou autopropostos. Para as provas finais do 1.º, 2.º e 3º ciclos todos os alunos internos ficam automaticamente inscritos, sendo apenas necessária a inscrição para os alunos externos ou com origem em outros tipos de ensino, como o recorrente ou o vocacional. Pais e alunos vão poder encontrar o guia de exames na página na Internet da Direcção-Geral do Ensino Superior, no endereço http://www.dges.mctes.pt/DGES/pt. A 1.ª fase dos exames nacionais do ensino secundário decorre este ano lectivo entre 15 e 25 de Junho. In RR A Câmara Municipal de Cascais assinala a Semana do Ambiente, entre os dias 14 e 22 de março, com muitas atividades para todas as idades.
Para crianças dos três aos seis anos: o Centro Ambiental da Pedra do Sal promove a iniciativa “Pesca o Peixe certo”, em que de forma lúdica lhes proporciona conceitos sobre sustentabilidade marinha, sem qualquer dificuldade. Esta ação integra o visionamento de um filme infantil e uma atividade relacionada com a pesca sustentável. Dentro de uma piscina com vários peixes de diferentes tamanhos, as crianças terão que pescar o peixe com o tamanho certo para ser consumido. Conheça também as espécies vegetais autóctones do Parque Natural Sintra Cascais, participando na ação de voluntariado no Banco Genético Vegetal Autóctone em Vale de Cavalos, que visa assegurar a integridade genética das populações vegetais. Assista ainda à demonstração de “Cães de Gado com Ovelhas”, na Quinta do Pisão, iniciativa na qual se poderá verificar à eficácia dos cães pastores em exercícios de condução de gado, atividade que conta com a colaboração da associação Portuguesa de Cães Pastores. Se gosta de horticultura, pode optar por fazer uma formação nessa área. Inscreva-se na visita guiada à Barragem do Rio da Mula e à estação de Tratamento de Água. Pode ainda assistir a palestras sobre a qualidade do ar e da água, observação de aves na Quinta do Pisão. Mais informações em: www.cascais.pt/semanadoambiente Não se esqueça: amanhã, a Ludobiblioteca de S. Pedro do Estori convida para a atividade ‘Vamos Semear Saúde’. Para além desta sugestão temos outras:
Arqueiros, Besteiros e Arcabuzeiros Os tradicionais exercícios do arqueiro, o “tiro à barreira” por parte dos besteiros, demonstrando a perícia dos atiradores e as capacidades das armas. Idade: Maiores de 05 anos + Famílias Preço: 8,50 Euros/adulto; 5 Euros/criança Data: 08 de março Hora: 11:00 Local: Castelo de São Jorge Telefone: 218 800 620 Site: www.castelodesaojorge.pt Fui promovido! Agora sou um cidadão verde Um workshop ambiental, que pretende ensinar os mais novos a proteger o nosso planeta, enquanto brincam e se divertem. Idade: Dos 06 aos 10 anos Preço: 5 Euros Data: 07 de março Hora: 15:00 Local: Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro Telefone: 217 549 030 Site: http://blx.cm-lisboa.pt Girando a Roda dos Alimentos Nesta 'viagem' pela Índia, pela China ou pelo Japão, fala-se sobre o arroz, o peixe e também o pão… Idade: Maiores de 04 anos + Famílias Preço: 3,50 Euros Data: 08 e 22 de março Hora: 11:00 Local: Museu do Oriente Telefone: 213 585 200 Site: www.museudooriente.pt A Pequena Coruja Branca Dinamização do livro “A Pequena Coruja Branca”, de Tracey Corderoy, seguida de atividades de expressão plástica. Num tapete narrativo a história salta das páginas do livro e as suas personagens tornam-se ainda mais reais (e palpáveis), materializando-se em bonecos de pano. Idade: Dos 04 aos 05 anos Preço: 3 Euros Data: 07 de março Hora: 15:00 Local: Biblioteca Municipal de Belém Telefone: 213 616 620 Site: http://blx.cm-lisboa.pt Construções Imaginárias Atelier que explora a leitura de imagens fotográficas, trabalha o conceito de arquitetura e desenvolve a construção tridimensional. Idade: Dos 06 aos 11 anos Data: 07, 14 e 21 de março Hora: 11:00 Local: Museu da Eletricidade Telefone: 210 028 130 Site: www.edp.pt Alfabetos sensoriais Nesta oficina, os pássaros ensinam a experimentar um alfabeto sensorial, precioso, único, e também, como o corpo pode funcionar como uma folha de papel. Os mais novos são convidados a sentar numa mesa recheada de sabores e odores portugueses e orientais para escreverem e lerem o mundo com o corpo inteiro. Idade: Dos 04 aos 06 anos Preço: 04 Euros Data: 07 de março Hora: 16:00 Local: Biblioteca São Lázaro Telefone: 218 852 672 Site: http://blx.com-lisboa.pt Matéria e Cor Pigmento, cor, textura, têxteis, corpo e matéria servem de ponto de partida para um ciclo de oficinas que exploram as múltiplas potencialidades plásticas dos “ingredientes” que compõem os nossos dias. Idade: Dos 03 aos 10 Preço: 2,5 Euros Data: 07 de março Hora: 15:00 Local: Culturgest Telefone: 217 905 155 Site: http://www.culturgest.pt Pinóquio Exibição do filme de animação infantil “Pinóquio”, dobrado em português do Brasil. Idade: Maiores de 06 anos Preço: 3,20 Euros/adulto; 1,10 Euros/criança Data: 07 de março Hora: 15:00 Local: Cinemateca Júnior, Palácio Foz Telefone: 213 462 157 Site: www.cinemateca.pt É já no próximo sábado, dia 7 de março, na Ludobiblioteca de S. Pedro do Estoril, que se vai pôr a mão na massa. Ou neste caso, na terra. No seguimento de outras atividades, no âmbito do 'saber fazer/aprender a ser', a Ludobiblioteca da EB1 de São Pedro do Estoril convida para a atividade ‘Vamos Semear Saúde’. A ideia é conhecer um pouco mais sobre as plantas aromáticas e medicinais, através de histórias com algumas das mais emblemáticas e úteis plantas aromáticas e medicinais, no contexto europeu do sul e plantá-las em família, identificando as suas características e os seus benefícios, nos práticos canteiros do terraço. |
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