Há momentos em que parece não haver mesmo nada a fazer, em que eles esperneiam, gritam, num teste à paciência dos pais que, convenhamos, estica muito, mas também tem os seus limites. Quando assim é, entra em ação o castigo. Mas, alerta o pediatra Paulo Oom num artigo publicado na revista Pais&Filhos, só alguns pais é que são capazes de dominar a técnica - sim, ela existe - que implica pôr de castigo. Por isso, deixa dez conselhos. O que é ficar de castigo? Explica o pediatra que ficar de castigo implica colocar a criança, durante algum tempo, sozinha. O objetivo é que se acalme e pense no que a levou a ficar ali, algo que se pode fazer logo a partir dos 3 anos. «Durante este período pode até ficar a brincar com algum boneco preferido, uns legos, um puzzle, a ler um livro, a ouvir música ou a tocar um instrumento», acrescenta. Avisar antes Antes de chegar às vias de facto há que avisar a criança que o caminho, se não se portar bem, é o castigo. De preferência sem gritos ou exaltações. O passo seguinte Se a oportunidade dada não for aproveitada, então é altura de agir. Sem hesitações. Sem receios. E sem possibilidade de negociações. Chegou a hora do castigo. A postura certa Na hora 'H', não há tempo para explicações ou justificações. E proibidas estão também as emoções à flor da pele, como as lágrimas, que às vezes saltam dos rosto das mães sem que estas as consigam travar a tempo. A escolha do local Qualquer divisão da casa é boa para o castigo, «desde que seja tranquila e não seja perigosa», alerta o pediatra. No quarto dos pais, no corredor e até no quarto da criança, claro sem perder de vista que a ideia é «durante algum tempo, separar a criança das coisas que considera “boas” para que ela possa acalmar e perceber que não se portou bem». E se ela recusar? Se a teimosia da criança entrar em ação, o trabalho é maior para os pais. «Por vezes a criança resiste e é necessário “escoltá-la” até ao local que foi escolhido», o que deve ser feito sem discussões ou irritações. Duração do castigo A sugestão do especialista é simples: um minuto de castigo por cada ano de vida, algo que pode aumentar se o mau comportamento se repetir. E se a criança sair do castigo sem autorização? Neste caso será necessário recorrer a «medidas mais drásticas». Se a criança for pequena, podemos segurá-la, evitando que saia, mas sem interação. No caso das mais velhas, sair deve significar ir novamente para o castigo, com o tempo de duração do mesmo a começar do início. Fechar a porta à chave é também permitido, defende o médico. Quando os ânimos se exaltam A irritação pode levar as crianças a partir para a agressão e começar a destruir objetos. Se no quarto existir algo valioso, deve ser retirado. O que for estragado, sobretudo se forem brinquedos, não serão arranjados tão cedo. Assim, a criança percebe que os seus atos têm consequências. Também se deve avisar que o tempo de castigo só começa a contar quando se acalmar. Se desarrumar o quarto todo no castigo, então só sairá depois de o arrumar.
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